Cuidados com animais domésticos em época de chuvas

Com a aproximação do inverno, não são apenas os humanos que sentem os impactos da queda de temperatura. Os animais também são afetados e podem até mesmo adquirir algumas doenças por conta da mudança no clima. Alguns vírus são frequentes e facilmente transmitidos no ambiente úmido. Portanto, alguns cuidados a mais são necessários para manter cães e gatos saudáveis nesta época do ano.

Entre as doenças frequentemente adquiridas no inverno estão leptospirose, bronquite, broncopneumonia e cinomose. Os sintomas são diferentes entre cães e gatos. “Os gatos gostam mais de um clima quente, já os cães, do clima frio. Por isso, os felinos adoecem mais e apresentam mais sintomas. Além disso, eles têm alguns vírus adormecidos, ou seja, que não se manifestam clinicamente, mas que em tempo frio podem aparecer. Já os cães são mais naturalmente preparados para a época de chuva”.

A natureza dos felinos é de se expor mais, o que pode facilitar a contaminação. Além disso, o estresse pode causar sintomas parecidos com os da gripe. Com a doença, o animal pode apresentar espirros, ficar com os olhos marejando, a vocalização diferente (semelhante com uma rouquidão), tosse seca, diminuição nas atividades e na ingestão de alimentos. Segundo a veterinária, todos esses sintomas podem desaparecer de três a cinco dias. “Se progredirem, pode ser broncopneumonia, então será o caso de prescrever analgésicos e antitérmicos. Geralmente começa com um surto e alguns precisam de ajuda ”, conta. Para não haver contaminação é preciso evitar o contato com a chuva e a lama ou esgoto.

Mais resistentes, os cães geralmente sentem-se bem no inverno e raramente ficam doentes. “Normalmente quando um cão adoece é porque ele já estava com o vírus. Não foi uma chuvinha que ele pegou que provocou, ela apenas facilitou, foi a gota d’água. Outros fatores que contribuem para eventuais problemas de saúde são a falta de alguma vacina ou mudança na rotina do cachorro”, informa Roseana.

Animais criados ou abandonados na rua têm mais facilidade de contaminação por estarem expostos a mais riscos.

Dados apontam que é justamente no período de chuvas que existe um enorme aumento a incidência de leptospirose em pets. Isso acontece porque a bactéria leptospira interrogans que é a transmissora da doença, é eliminada através da urina dos animais doentes ou portadores, ela acaba sendo conduzida pela chuva e expondo os demais animais que tem contato com esta água.

A principal forma de prevenir é mantendo seu animal de estimação sempre vacinado e evitar ao máximo que ele tenha contato direto com água de enxurradas ou enchentes. Este cuidado deve ser redobrado se o seu animal estiver com qualquer tipo de ferimento, isso é uma porta de acesso ainda maior para contrair a doença.

Quando contaminados, os sintomas que aparecem nos cães são diminuição no apetite e na disposição e tosse. Se o quadro se agravar, é hora de procurar um veterinário. Fatores como a mudança de hábito, tipo de pelagem e a idade também podem causar enfermidades. “Se ele tem uma pelagem maior, sentirá menos frio. Cães idosos ou muito novinhos devem evitar se expor a chuva”.

Apesar dos riscos, o clima úmido pode ser confortável para os cachorros passearem. Como os cachorros transpiram pela boca, focinho e patas, expô-lo ao sol pode ser prejudicial. No tempo nublado ele fica mais confortável, principalmente pela manhã antes das dez horas e após as 15 horas. O passeio no intervalo entre esses horários deve ser evitado. Lembrando que cão saudável não adoece em uma chuvinha, então é importante mantê-lo vacinado e com alimentação de qualidade”

Labrador retriever in rain is waiting under umbrella.

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