Manter a carteirinha de vacinação atualizada é fundamental para garantir a saúde do seu pet

Cuidados com a alimentação e com o bem-estar dos animais de estimação já estão na rotina dos tutores. Mas, além disso, quem tem um pet em casa deve ficar atento, também, à carteirinha de vacinas. A vacinação é o método mais confiável e eficaz de proteger os cães e gatos contra doenças infecciosas (muitas vezes, até fatais, como cinomose, parvovirose e raiva). Por isso, é sempre bom ficar atento e manter a vacinação em dia.

De acordo com a veterinária Daniela Silveira, a prevenção começa cedo: a primeira dose nos filhotes deve ser administrada nas primeiras seis semanas de vida, e o intervalo entre a segunda e a terceira doses é de 30 dias, quando ele ainda são pequenos.

– Vacinar o pet é oferecer qualidade de vida para o animal, imunizando-o contra as principais doenças, e também para evitar doenças transmissíveis aos humanos, como a leptospirose e a leishmaniose. Deve-se vacinar o animal seguindo a tabela de vacinação e os protocolos. No entanto, pode haver algumas exceções, como animais que não tomaram o colostro, ou filhotes cujas mães não foram vacinadas. Nesses casos, podem ser usadas vacinas específicas, para um período mais precoce – explica a veterinária.

Sabendo da importância da prevenção, nenhum filhote deve ir à rua ou entrar em contato com outros animais sem que esteja vacinado. E, mesmo nos adultos, os cuidados devem permanecer. Se o pet estiver debilitado, ele não deve tomar nenhum tipo de vacina. Antes, ele precisa se recuperar, para que o organismo esteja livre de qualquer enfermidade que possa prejudicar a imunização.

Segundo Daniela, nos casos em que o histórico de vacinação do animal é desconhecido, como em situações de adoções e de resgate de bichos de rua, eles devem ficar em quarentena:

– Isso serve para saber se ele não vai apresentar nenhum sinal clínico de alguma doença com a qual ele tenha tido contato. Se não houver nada, inicia-se o protocolo vacinal como se o animal não tivesse recebido nenhuma vacina.

Em alguns casos, as vacinas podem provocar efeitos colaterais, como dor no local da aplicação, vômito, diarreia, apatia e, em casos raros, podem ocorrer reações alérgicas graves ou choque anafilático. Por conta disso, o médico veterinário deve ser sempre avisado quando essas reações ocorrerem, pois somente ele pode indicar o tratamento ou o uso de medicações.

Alerta para as zoonoses

Conforme a médica veterinária, outra vacina considerada importante é contra a leishmaniose. Por se tratar de uma zoonose, doença transmissível para os humanos, a vacinação é um pouco mais complexa.

– Nos últimos anos, tivemos alguns casos em Santa Maria. O protocolo de vacinação exige que seja feita a sorologia para provar que o animal não está infectado. Se o resultado for negativo, ele recebe três doses da vacina. Qualquer resultado positivo que ocorra depois deve ser provado se foi decorrente da vacinação – explica.

A vacina só está indicada para animais sadios, com sorologia negativa, para proteção individual do animal. Elas não têm efeito curativo, pois os cães permanecem parasitados mesmo depois de apresentar melhora nos sintomas. Por isso, o protocolo da Vigilância em Saúde é a indicação da eutanásia dos animais infectados.

Protocolo de Vacinação